Terminei o livro “Amesterdão” por Ian McEwan, romance vencedor do Man Booker Prize em 1998. Este foi o primeiro livro que li do autor e acabou por aparecer na minha estante porque o encontrei a um excelente preço (5€), uma pechincha que não me recordo onde consegui… embora a probabilidade de ter sido na Ler Devagar (na Lx Factory) seja elevada…
O meu único conhecimento do autor referia-se ao filme Expiação, que me deixou alguma curiosidade sobre como seria a restante obra do autor. Depois de ler Amesterdão, e uma vez que também não tinha expectativas formadas, a minha reacção acabou por ser bastante neutra, não me desiludindo nem impressionado.
Amesterdão inicia-se com o funeral de Molly, uma mulher liberal e vanguardista, vítima de uma doença degenerativa. No funeral, encontram-se entre outros, dois homens, Vernon e Clive, com uma relação bastante peculiar que, para além de amigos, partilharam o amor de Molly e acabam por ser estas, as duas personagens principais do romance.
Vernon é um editor de um jornal londrino e Clive é um compositor a trabalhar numa sinfonia para celebrar a mudança de milénio. A morte de Molly tem consequências paralelas bastante importantes na vida destes dois homens que acabam envolvidos numa serie de escândalos que transformando a sua amizade num profundo sentimento de vingança com um desfecho fatal.
Este é um romance negro que analisa as relações humanas e onde o suceder de acontecimentos, não pára de surpreender o leitor. Pessoalmente achei-o próximo de Oscar Wilde, embora sem a genialidade deste autor, que penso ser difícil de igualar…
É um romance de leitura fácil e que prende mas na realidade não me cativou particularmente, talvez por todo o negativismo que carrega… no fundo sou uma pessoa bastante humanista… mas para quem gosta de romances mais negros, poderá ser uma boa opção…
Sara said,
Março 23, 2013 às 1:30 pm
e depois emprestas à mana *(: